Guedes diz que CPMF virou imposto maldito mas defende alternativa

Brasília – A proposta de criar um imposto sobre transações nos moldes da antiga CPMF ainda é considerada pela equipe econômica como uma forma para compensar a desoneração da folha de pagamentos no Brasil. A avaliação foi feita pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, durante entrevista à imprensa nesta quarta-feira.
 
Na terça, o presidente Jair Bolsonaro, disse que “todas as alternativas” estavam na mesa, quando questionado sobre uma possível recriação da CPMF. Mais tarde, o porta-voz da presidência, Otávio Rêgo Barros, disse que o presidente não comentaria mais o assunto.
 
A criação de um imposto sobre transações faz parte dos planos de Guedes para sustentar um amplo corte nas contribuições pagas por empregadores. A ideia é produzir um choque de emprego formal. A comparação ao antigo imposto, considerado impopular, travou as discussões.
 
“A CPMF virou um imposto maldito, já desde a campanha. O presidente falou: eu não quero esse troço. E todo mundo. Então, acabou-se. Nós, por outro lado, sempre examinaremos bases amplas. Nós precisamos de bases amplas”, disse o ministro.
 
Com o fim dos estudos para simular o efeito da nova CPMF por inviabilidade política, a equipe econômica ainda se debruça sobre as alternativas. Guedes afirmou que a utilização de uma base alternativa de tributação é o único jeito de deixar de taxar salários no país.
 

Data: 20/12/2019