BC conclui hoje reunião que deve reduzir taxa de juros a 5% ao ano

O Copom (Comitê de Política Monetária) do BC (Banco Central) conclui nesta quarta-feira (30) a reunião que deve terminar com a terceira queda consecutiva de 0,5 ponto percentual da taxa básica de juros da economia brasileira, para 5% ao ano.

Caso as expectativas do mercado financeiro sejam confirmadas, a Selic atingirá o menor nível da história ao ser anunciada no final da tarde. O veredito a respeito dos novos juros básicos ficará vigente por 45 dias, quando o Copom se reúne pela última vez neste ano.

No último encontro, quando a taxa básica de juros foi reduzida para 5,5% ao ano, o Copom afirmou que os indicadores de atividade econômica "sugerem retomada do processo de recuperação da economia brasileira" e definiu a possibilidade de novos cortes na Selic devido ao controle da inflação.

Após analisarem a evolução e as perspectivas da economia e o comportamento do mercado financeiro ontem (29), os diretores do BC voltam a se reunir hoje para avaliarem as consequências da decisão a respeito do novo patamar da taxa de juros, a ser anunciada por volta das 18h.

Nas próximas reuniões, marcadas para os dias 10 e 11 de dezembro, o Copom deve novamente reduzir a taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual, para 4,5% ao ano. A expectativa atual do mercado financeiro é que o patamar persista até o final do ano que vem.

Juros básicos

A Selic é conhecida como taxa básica porque é a mais baixa da economia e funciona como forma de piso para os demais juros cobrados no mercado. A taxa é usada nos empréstimos entre bancos e nas aplicações que as instituições financeiras fazem em títulos públicos federais.

Em linhas gerais, a Selic é taxa que os bancos pagam para pegar dinheiro no mercado e repassá-lo para empresas ou consumidores em forma de empréstimos ou financiamentos. Por esse motivo, os juros que os bancos cobram dos consumidores são sempre superiores à Selic.

Queda de juros deixa portabilidade de financiamentos atraente

A taxa básica também serve como o principal instrumento do BC para manter a inflação sob controle, próxima da meta estabelecida pelo governo. Isso acontece porque os juros mais altos encarecem o crédito, reduzem a disposição para consumir e estimulam novas alternativas de investimento.

Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida e isso causa reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Já quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo.

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Data: 30/10/2019