Taxa Selic cai para 12,75% em novo corte do Banco Central


O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC) decidiu, nesta quarta-feira (20), fazer um novo corte de 0,50 ponto percentual (p.p) na taxa básica de juros. O movimento passa a Selic de 13,25% para 12,75% ao ano, o mesmo patamar de maio de 2022, quando os juros estavam em ritmo de alta.

O grau do corte veio em linha ao esperado pelo mercado, que já previa a manutenção da estratégia de alívio da política monetária iniciada no último encontro do Copom, em agosto.

À época, o colegiado também reduziu os juros em 0,50 p.p, o primeiro movimento para baixo na taxa básica em três anos.

A decisão foi unânime entre todos os nove membros do colegiado.

Em nota, o BC afirmou que o cenário atual demanda “serenidade e moderação” na condução da política monetária.

“O Comitê reforça a necessidade de perseverar com uma política monetária contracionista até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas”, informou.

O colegiado do BC ainda disse que, caso o cenário previsto se mantenha, a Selic deve sofrer novo corte de 0,50 p.p no próximo encontro, levando a taxa básica para 12,25% ao ano, e que este ritmo é “apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário”.

“O Comitê ressalta ainda que a magnitude total do ciclo de flexibilização ao longo do tempo dependerá da evolução da dinâmica inflacionária, em especial dos componentes mais sensíveis à política monetária e à atividade econômica, das expectativas de inflação, em particular as de maior prazo, de suas projeções de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos”, disse em nota.

A autoridade monetária ainda citou pressões que mantêm o cenário incerto. No ambiente externo, a preocupação vem com a continuidade do processo de desinflação, “a despeito de núcleos de inflação ainda elevados e resiliência nos mercados de trabalho de diversos países”.

“O Comitê notou a elevação das taxas de juros de longo prazo dos Estados Unidos e a perspectiva de menor crescimento na China, ambos exigindo maior atenção por parte de países emergentes”, citou.

Já no cenário doméstico, o Copom pontuou que houve mair resiliência da atividade econômica do que o esperado, mas que segue antecipando um quadro de perda de fôlego nos próximos trimestres.

“Como antecipado, ocorreu uma elevação da inflação cheia ao consumidor acumulada em doze meses no período recente. As medidas mais recentes de inflação subjacente apresentaram queda, mas ainda se situam acima da meta para a inflação”, afirmou em nota.


Fonte: CNN Brasil

Post atualizado em: 21/09/2023


Atualizado na data: 21/09/2023