Setores econômicos cobram oferta maior de crédito e retomada do crescimento
Representantes dos bancos, da agricultura, da indústria e do comércio avaliam que uma expansão do crédito no Brasil para os patamares das nações mais ricas dependerá de estabilidade econômica, equilíbrio fiscal e reformas. As conclusões surgiram em seminário realizado nesta terça-feira (21) na Câmara dos Deputados.
Em proporção ao Produto Interno Bruto (PIB), o crédito mais do duplicou entre março de 2004 e dezembro de 2015, mas passou a cair e só retomou aquele nível em dezembro de 2021. Em vários países, ressaltaram os representantes do PIB brasileiro durante o seminário, os empréstimos na economia superam 100%.
O presidente da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), Isaac Sidney Menezes Ferreira, acredita que a aprovação de um novo marco legal das garantias (PL 4188/21) poderá ajudar a expansão do crédito. A proposta do Poder Executivo foi aprovada com mudanças pela Câmara neste mês e está em análise no Senado.
“Os bancos públicos e privados emprestaram R$ 9,1 trilhões nesses dois anos e meio de pandemia [de Covid-19]”, informou Isaac Ferreira, ao comentar os resultados do setor financeiro nacional desde 2020. “Estamos com uma carteira de crédito crescendo a volumes expressivos, já chega a R$ 5 trilhões”, destacou.
Mas, para o presidente da Febraban, “não existe segredo nem mágica”, e uma maior oferta de dinheiro para investimentos apenas ocorrerá se estiver associada à estabilidade econômica e à segurança no ambiente de negócios. Esses são dois dos fatores que interferem nos custos dos bancos ao realizar os empréstimos.
O gerente-executivo de Economia da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Mário Sérgio Carraro Telles, observou que, também na pandemia, o crédito no País só “destravou” quando o governo decidiu zerar o IOF. Essa foi uma das medidas emergenciais adotadas naquele momento de crise.
Fonte: Agência Câmara de Notícias
Post atualizado em: 22/06/2022