Preço do querosene de aviação cairá em 10,4% a partir de 1º de setembro

Após dois anúncios de redução do preço dos combustíveis, agora é a vez do querosene de aviação (QAV). A Petrobras anunciou corte de 10,4% no insumo para distribuidoras com validade a partir do dia 1º de setembro. Este é o segundo mês seguido de redução no preço do combustível após a escalada que fez os preços das passagens aéreas dispararem.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os valore das passagens aéreas de voos domésticos acumularam inflação de 122,4% em 12 meses até junho. A alta foi a maior entre os 377 subitens que compõem o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

O preço do QAV é reajustado mensalmente e começa a reagir à queda das cotações internacionais. No mês passado, a estatal reduziu em 2,6% o valor de venda do produto por suas refinarias. No acumulado dos dois meses, o preço do produto deve cair 12,7%.

Segundo a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), antes dos cortes o preço do QAV acumulava avanço de 70,6% em 2021. A situação fez o preço das passagens aéreas dispararem no mês de maio e atingir o maior valor em dez anos.

Por meio de nota divulgada à imprensa, a Petrobras esclareceu que sua política de preços do QAV busca equilíbrio com o mercado internacional e acompanha as variações do valor do produto e da taxa de câmbio. Além disso, segundo a estatal, suas refinarias vendem o produto para distribuidoras, que são os fornecedores das companhias aéreas.

A redução dos preços dos combustíveis é um dos principais trunfos da campanha do presidente Jair Bolsonaro pela reeleição. Desde o fim de junho, os consumidores presenciam queda dos preços da gasolina, do diesel e do etanol nas bombas. Em Fortaleza, por exemplo, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) é possível encontrar gasolina abaixo de R$ 5,00.

Motivos do recuo

O movimento do recuo dos preços dos combustíveis no Brasil após uma escalada de alta pode ser explicado, inicialmente, pelos cortes nos impostos federais e estaduais aprovados pelo Congresso e, depois, de repasses da queda das cotações internacionais do petróleo aos preços de venda da Petrobras.

O poder executivo, inclusive, chegou a propor isenção tributária para o querosene de aviação, mas com vigência apenas a partir de 2023. O tema, segundo o presidente, será discutido no debate sobre o orçamento do próximo ano. “Garantimos continuar com zero imposto federal na gasolina, no diesel e no gás de cozinha. Pedi para o pessoal zerar agora querosene de aviação”, disse ele.

 

Fonte: O Estado

Data: 29/08/2022