O governo federal já sinalizou que pretende incorporar os primeiros Fundos Imobiliários (FIIs) da União em 2022. O Ministério da Economia selecionou 237 ativos, com expectativa para serem leiloados na bolsa de valores brasileira no mês de maio.

Em entrevista à CNN Brasil nesta quarta-feira (26), o secretário de Desestatização, Desinvestimento e Mercados, Diogo Mac Cord, explicou como a criação de FIIs federais deve melhorar áreas abandonadas e gerar retornos financeiros e novos empregos.

“A estratégia dos fundos imobiliários foi criada para que a gente desse velocidade à agenda de venda desses ativos que, em geral, estão abandonados ou subutilizados por décadas”, afirmou à CNN.

“O governo federal tem várias áreas que ou são invadidas, ou acumulam lixo, e são terrenos muito grandes. Isso faz com que eles tenham pouca baixa liquidez, sendo muito difícil vender uma área tão grande e tão cara”, acrescentou.

Mac Cord explicou que a solução para a venda desses ativos federais é buscar pequenos investidores para formar o capital necessário para o desenvolvimento das áreas.

“Com isso, conseguimos trazer para a sociedade um retorno não somente financeiro, mas também a criação de empregos e, muito mais importante, a disponibilidade de a cidade contar com áreas totalmente novas, revitalizadas e com equipamentos públicos de ponta”, destacou.

O secretário afirmou que vão ser contratados profissionais de gestão para cuidar das obras de infraestrutura que vão ocorrer nos territórios leiloados.

“Estamos conversando com os principais fundos e os principais gestores do país para a agenda imobiliária. O interesse tem sido enorme porque temos ativos diferenciados”.

Ele afirmou que a previsão é de que os primeiros editais sejam publicados em março e, a partir disso, haverá um prazo de 45 dias para que o mercado se organize para em meados de maio realizar o leilão na bolsa de valores.

Eletrobras

Após avanços em 2021, o processo de capitalização da Eletrobras encontra-se atualmente em análise no Tribunal de Contas da União (TCU). O BNDES disse, no início deste ano, que a oferta de capitalização deve ocorrer em março.

Ao abordar o tema, Diogo Mac Cord afirmou que acredita na aprovação do TCU e destacou que ele “tem sido um grande parceiro do Brasil”.

“O TCU fará apontamentos importantes. Nossa expectativa é que [o tema] volte à pauta agora nas próximas semanas”, disse.

“Nós vamos poder dar essa bela entrega ao cidadão brasileiro, que é uma maior competição do setor elétrico nacional e um grande ganho para todo país”, completou.


Fonte: CNN