Falta de documentos leva INSS a negar benefício na pandemia

Os segurados do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) que dão entrada no pedido de aposentadoria no Brasil enfrentam dificuldades que foram acentuadas pela pandemia da Covid-19. A fila crescente de pedidos de benefícios na autarquia federal é obstáculo que pode se tornar pesadelo aos trabalhadores que não se atentam à documentação correta para realizar a operação, atualmente apenas pelos meios digitais, de solicitar a sonhada aposentadoria. Após alguns adiamentos, a reabertura das agências agora é prevista para 14 de setembro.

Segundo especialistas, este é um dos principais motivos que travam o acesso ao benefício. Os últimos dados divulgados pelo INSS demonstraram que o mês de maio registrou alta de 15,42% no indeferimento de pedidos em comparação com o mês anterior. Entre janeiro e março, 1,2 milhão de pedidos já haviam sido negados; foi a primeira vez em dez anos em que a quantidade de benefícios indeferidos superou a de concessões.

“Atualmente, a falta de documentos no pedido e os dados divergentes no CNIS (Cadastro Nacional de Informações Sociais) lideram a lista de problemas que travam a aposentadoria no País. Mas existem outros erros”, cita o advogado especialista em direito previdenciário e sócio do escritório Aith, Badari e Luchin Advogados, João Badari.

Erick Magalhães, advogado especialista em direito previdenciário e sócio do escritório Magalhães & Moreno Advogados, explica que é comum hoje que dados presentes no sistema do órgão entrem em conflito com os informados pelo segurado. “É importante que se atente aos documentos e pegue o seu CNIS no site ou aplicativo ‘Meu INSS’ para que possa verificar se as informações naquele documento estão de acordo. Caso o segurado tenha tido o extravio de alguma carteira de trabalho, é importante buscar documentos que possam comprovar que realmente trabalhou naquela empresa, como o extrato do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) ou o termo de rescisão do contrato de trabalho”, exemplifica Magalhães.

Fonte: Diário do grande ABC

Data: 01/09/2020