Ceará: Confiança de microempreendedores na economia cresce no Estado

No Ceará, os microempreendedores desempenham um papel crucial na dinâmica econômica ao gerar empregos e impulsionar o desenvolvimento local.

Com sua agilidade e capacidade de adaptação às demandas do mercado, esses empreendedores não apenas fortalecem a economia estadual, mas também contribuem significativamente para a inclusão social ao oferecer oportunidades de trabalho para diversos segmentos da população.

O microempreendedorismo no Ceará não só fomenta a criação de novos postos de trabalho, mas também promove a diversificação econômica e a resiliência frente a desafios econômicos.

Por isso, a confiança deles na economia é tão relevante. Foi o que identificou estudo realizado pelo Sebrae em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV). Segundo a publicação, o Índice de Confiança do MEI (IC-MEI) registrou um avanço de 3,5 pontos no mês de junho em comparação ao mês anterior.

Esse aumento foi impulsionado principalmente pelos setores de Indústria de Transformação, que teve um crescimento de 5,6 pontos, e Serviços, com um aumento de 4,3 pontos.

O IC-MEI é calculado considerando a avaliação da situação atual dos negócios e a expectativa futura de demanda. Segundo o levantamento atual, houve um aumento significativo de 5,3 pontos no Índice de Expectativa, alcançando 129,5 pontos, destacando-se especialmente o otimismo dos MEI no setor industrial, que teve um crescimento de 9,5 pontos em comparação ao mês anterior.

Enquanto isso, o indicador de situação atual avançou 1,7 ponto, atingindo 71,3 pontos na média geral.

Esse é o sentimento da microempreendedora individual Rosa Lima. Ela atua no ramo de vestuário e tem visto as vendas crescerem de junho para cá.

“Acho que estamos em um ambiente mais favorável para os negócios. Recentemente, percebi um aumento na demanda, o que me faz acreditar que há uma recuperação econômica. Além disso, a gente vê que há um incentivo ao microempreendedor, como os incentivos fiscais e facilidades de crédito. Isso têm me proporcionado maior segurança para investir e expandir meu negócio”, disse.

Para ela, agora é investir em gestão e organização, mirando no crescimento do negócio.

“Acredito que, com uma gestão financeira sólida e um planejamento estratégico bem definido, poderei não apenas superar desafios, mas também aproveitar as oportunidades que o atual cenário econômico oferece. Este aumento na confiança não só impulsiona meu empreendimento, mas também contribui para o crescimento econômico local, criando empregos e fortalecendo a comunidade em que estou inserido”.

Décio Lima, presidente do Sebrae, atribuiu a melhoria no índice de confiança dos MEI às políticas eficazes implementadas pelo governo federal, especialmente aquelas direcionadas ao setor industrial. Ele destacou a importância desses pequenos empreendimentos na economia, ressaltando que eles representam 95% do setor industrial brasileiro.

Na avaliação do economista Helder Cavalcante, o avanço da confiança significa otimismo. “Este crescimento é particularmente notável nos setores de Indústria de Transformação e Serviços, que contribuíram com aumentos de 5,6 pontos e 4,3 pontos, respectivamente. Esses resultados indicam uma percepção mais positiva sobre as condições atuais e futuras dos negócios entre os MEI, refletindo possíveis melhorias na demanda por serviços e na atividade industrial”.

Ainda segundo ele, esse cenário pode ter repercussões positivas na economia, pois sugere um maior dinamismo e expectativas favoráveis para investimentos e crescimento empresarial.

“O setor de Indústria de Transformação, em especial, é essencial para a geração de valor agregado e emprego, podendo impulsionar a produção local e ampliar as oportunidades de mercado. Já o setor de Serviços, com seu forte peso na economia brasileira, pode beneficiar-se de um ambiente mais propício ao empreendedorismo e à inovação, promovendo um ciclo virtuoso de crescimento econômico e desenvolvimento regional”, concluiu.

Fonte: O Estado

Data: 22/07/2024