BC: Redução de impostos sobre energia já começa a ser observado nos indicadores no país

O Comitê de Política Monetária (Copom) afirmou nesta terça-feira que “a redução de impostos sobre os preços de energia já começa a ser observada nos indicadores de alta frequência”.

“Mas os componentes mais sensíveis ao ciclo econômico e à política monetária, que apresentam maior inércia inflacionária, mantêm-se acima do intervalo compatível com o cumprimento da meta para a inflação”, disse o colegiado do Banco Central (BC) na ata referente à reunião da semana passada, quando elevou a Selic de 13,25% ao ano para 13,75%.

Segundo o Copom, “a inflação ao consumidor segue elevada, com alta disseminada entre vários componentes, se mostrando mais persistente que o antecipado”.

No caso da atividade econômica no Brasil, os indicadores divulgados desde a reunião anterior seguem “indicando crescimento ao longo do segundo trimestre, com uma retomada no mercado de trabalho mais forte do que era esperada”.

“Tanto os indicadores referentes à contratação de emprego formal quanto as taxas de ocupação e desocupação sugerem uma normalização rápida dos setores intensivos em trabalho após a pandemia”, afirma.

Por sua vez, o ambiente externo “mantém-se adverso e volátil, com maiores revisões negativas para o crescimento global, em um ambiente inflacionário ainda pressionado”.

Assim, “o crescimento de grandes economias tem sido revisado para baixo, tanto para este quanto para o próximo ano, em função da expectativa de continuidade da reversão dos estímulos implementados durante o longo período da pandemia, em particular os de política monetária”.

“Além disso, a guerra na Ucrânia gera impactos sobre o fornecimento de gás natural, adicionando incerteza sobre o cenário econômico europeu, enquanto a deterioração do setor imobiliário, aliada à política de combate à covid-19, impactam negativamente as perspectivas de crescimento chinesas”, afirma.

 

Fonte: Valor Econômico

Data: 10/08/2022