Sindilat pede que governo revogue diminuição de impostos sobre whey

O Sindicato das Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat-RS) pediu ao governo federal a revogação da medida que zerou o imposto sobre a importação de suplementos alimentares como o whey protein

Como alternativa, o Sindilat propõe que o governo ofereça às empresas nacionais crédito presumido de PIS e Cofins de 9,25% sobre a compra de soro de leite produzido no Brasil. A proposta é que o benefício fique vigente enquanto houver redução do imposto do produto.

A medida que zerou a tributação sobre suplementos foi alvo de críticas do sindicato. “A decisão vai gerar reflexos nos trabalhadores das indústrias e nos produtores de leite, além de sepultar a possibilidade de novos investimentos dessa linha de produtos no país, que representa o maior grau de industrialização e tecnologia aplicada à atividade”, diz o documento do Sindilat.

Os Estados Unidos e a Argentina são os maiores vendedores de whey protein para o Brasil, atualmente. “Conceder tratamento tributário privilegiado à produção importada significa inviabilizar a produção local de um dos produtos de maior valor agregado do segmento lácteo, gerando profundos impactos na rentabilidade de toda a cadeia.”

Redução de impostos

Durante sua live semanal, nessa quinta-feira (18/8), Bolsonaro afirmou que o governo federal zerou a importação de produtos como whey protein, creatina, BCAA e multibitamínicos.

Ao falar de atos presidenciais em sua conta no Twitter, o mandatário ilustrou com a foto do fisiculturista com o número que usará nas urnas no pleito de outubro, 22.

“O governo federal zerou imposto de importação de suplementos alimentares, como whey protein, creatina, BCAA e multivitamínicos, e diversos itens de nutrição esportiva, além de reduzir de 11,2 para 4% os impostos para diversos outros itens, como proteínas lácteas e albumina”, anunciou o chefe do Executivo federal, na publicação.

Como justificativa, o titular do Palácio do Planalto voltou a mencionar as medidas de combate ao Covid-19, adotada por governadores em 2020, a fim de frear o avanço da doença.

 

Fonte: Metropoles

Data: 29/08/2022