Novo golpe do FGTS rouba dados e faz empréstimo em nome da vítima; saiba se proteger
Um novo golpe visando o acesso ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) começa a circular. Nele, criminosos roubam os dados da vítima e fazem empréstimos.
Um dos casos aconteceu com uma operadora de caixa que foi surpreendida ao conferir seu extrato do FGTS no aplicativo em setembro de 2024 e verificar que parte do saldo estava bloqueado sem que ela tivesse feito nenhuma movimentação na conta.
A vítima do golpe procurou uma agência da Caixa Econômica Federal e descobriu que sua conta do FGTS havia sido invadida por criminosos, que fizeram a adesão ao saque-aniversário, sacando duas parcelas por dois anos seguidos e, em maio deste ano, fizeram um empréstimo em seu nome, dando o Fundo como garantia.
Na prática, os criminosos conseguiram o CPF da vítima e outros dados pessoais e, através deles, conseguiram acessar o aplicativo do FGTS e fazer a movimentação dentro do app, aderindo ao saque-aniversário.
Os golpistas aderiram ao saque-aniversário em 2022 e, desde então, fazem dois saques do FGTS, sempre no mês de seu aniversário e, ao perceber que a trabalhadora não notou o golpe, fizeram um empréstimo por meio da modalidade.
Como se proteger?
A primeira orientação para não cair em qualquer tipo de golpe é não clicar em links externos recebidos via WhatsApp, SMS e e-mail, além de não fornecer dados pessoais a ninguém por ligação em nome de banco, instituição financeira ou órgão governamental.
No caso desse tipo de golpe no FGTS, é fundamental que o trabalhador cheque, no mínimo mensalmente, se suas informações financeiras estão em ordem.
Uma outra dica ainda é que o trabalhador registre um e-mail em sua conta do app do FGTS para que, caso haja alguma movimentação suspeita, o trabalhador seja avisado antes que o criminosos consiga mudar a senha, cadastrar novo e-mail ou sacar valores.
Agora, para aqueles que foram vítimas de golpes como esse, a Caixa Econômica afirma que, em caso de movimentação não reconhecida pelo cliente, faça imediatamente um pedido de contestação em uma das agências do banco com CPF e documento de identificação.
Vale informar que as contestações são analisadas individualmente e consideram os detalhes de cada caso e, nesse tipo de situação, o valor perdido é ressarcido ao cliente.
Fonte: Folha de S. Paulo
Data: 08/11/2024