CNI pede a presidenciáveis a manutenção de reforma trabalhista

A entidade que representa o setor industrial no Brasil convidou os candidatos à Presidência da República para um evento na próxima quarta-feira (29/6), no qual pretende apresentar uma série de propostas que já foram enviadas aos presidenciáveis, mas estão sendo debatidas aos poucos com a sociedade. As propostas da Confederação Nacional da Indústria (CNI) têm viés liberal, pedindo menos regulação estatal com o argumento de que é preciso destravar a economia para levar o país a um caminho de crescimento sustentável.

Um dos pilares dos pedidos dos industriais é não apenas a manutenção, mas o aprofundamento da reforma trabalhista aprovada no governo de Michel Temer (MDB), em 2017.

Os industriais pedem, por exemplo, que a modalidade de trabalho híbrido (presencial e remoto), que se popularizou ao longo da pandemia de coronavírus, seja inserida na lei.

Um dos argumentos da CNI para pedir a manutenção da reforma trabalhista é a redução de custos para os empregadores, cuja reversão poderia levar a mais desemprego.

“Dados do Tribunal Superior do Trabalho (TST) mostram que houve retorno positivo tanto para empresas quanto para empregados”, diz a argumentação da CNI entregue aos candidatos. A entidade cita como exemplo positivo a possibilidade de acordos para rescisão de contratos de trabalho.

“Com eles, é possível encerrar o vínculo de emprego, em comum acordo, com benefícios para ambas as partes. Já para o país, há a vantagem de reduzir número de potenciais conflitos. Segundo o TST, em 2021, foram realizados quase 205 mil acordos para desligamento, e, desde que a hipótese foi incluída na legislação trabalhista, em novembro de 2017, já ocorreram cerca de 750 mil rescisões por acordo”, enumera a CNI.


Fonte: Metrópoles

Data: 27/06/2022