Ministro da Fazenda diz que 'não tem margem' para aumentar verba para programa de descontos de carros

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira (14) que "não tem margem" para ampliar os recursos destinados ao programa que prevê desconto para carros populares.

O desconto para a compra de carros varia de R$ 2 mil a até R$ 8 mil no preço dos veículos de até R$ 120 mil.

No total, o governo reservou R$ 1,5 bilhão para o programa. Serão distribuídos assim:

  • R$ 500 milhões para automóveis
  • R$ 700 milhões para caminhões
  • R$ 300 milhões para vans e ônibus

Quando atingir o R$ 1,5 bilhão, o programa será encerrado.

Nesta manhã, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) informou que cerca de 30% do valor previsto para carros populares no programa (R$ 150 milhões de R$ 500 milhões) já foi utilizado pelas empresas.

De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, foram utilizados, até o momento, R$ 150 milhões em créditos pelas montadoras, o que representa 30% do teto de R$ 500 milhões que poderão ser usados pelas empresas como crédito tributário para venda de carros mais baratos.

Segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (FENABRAVE), entidade que representa cerca de 7.400 concessionárias de veículos, houve aumento na procura por carros populares desde o anúncio da medida pelo governo federal.

Diante desse cenário, a federação divulgou ontem (13) uma nota sugerindo ao governo federal o aumento do aporte de recursos.

"Para ampliar o sucesso da Medida Provisória, que tem sido fortalecida por descontos adicionais, ofertados pelas montadoras, seria oportuno que o Governo aumentasse o aporte de recursos para os automóveis e comerciais leves", diz a nota.

Na estimativa da entidade, se não houver incremento, os recursos ofertados pelo governo, para a compra de automóveis, podem acabar nos próximos 30 dias.

A projeção das concessionárias está em linha com a da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) a das fabricantes de veículos.

Nesta terça-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) citou estimativa da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) de que o programa com desconto para compras de carros novos pode durar apenas um mês.

"Então veja, reduzimos um pouco o preço do carro. Você viu, eu estava vendo uma notícia hoje que, já vai durar um mês e vai acabar o programa", declarou o presidente, na ocasião.

Desconto para carros

O governo publicou a Medida Provisória que instituiu o programa de desconto para a compra de carros novos na última terça-feira (06).

  • Carros de até R$ 120 mil poderão ter desconto de R$ 2 mil a R$ 8 mil. São sete faixas de desconto (R$ 2 mil; R$ 3 mil; R$ 4 mil; R$ 5 mil; R$ 6 mil; R$ 7 mil e R$ 8 mil);
  • O desconto será abatido no valor final do veículo. Poderá haver descontos adicionais a critério das montadoras;
  • O tamanho do desconto vai variar conforme três critérios: menor preço, maior eficiência energética (carros menos poluentes); maior densidade industrial (capacidade de gerar emprego). Quanto maior a pontuação do modelo nos três critérios, maior o desconto;
  • Até 21 de junho, as vendas com desconto são destinadas apenas para pessoas físicas.

O programa também vale para a compra de ônibus e caminhões. Neste caso, os descontos totais vão de R$ 33,6 mil até R$ 99,4 mil (desconto é maior para veículos mais caros).

Para ter acesso ao desconto, a a pessoa ou empresa interessada terá de entregar para a sucata um caminhão ou ônibus com mais de 20 anos de uso.


Fonte: G1

Post atualizado em: 16/06/2023


Atualizado na data: 16/06/2023